quarta-feira, 18 de maio de 2011

Financiamentos: Para financiar um imóvel verifique o sistema escolhido. Parte II


Os sistemas de financiamento

Em financiamentos imobiliários, de maneira geral, os consumidores podem optar por três sistemas de financiamento: o Price, o SAC (Sistema de Amortização Constante) e o Sacre (Sistema de Amortização Crescente). Os consumidores devem evitar ao máximo o sistema Price. Esse sistema é para quem tem uma renda menor. O problema é que por ele você corre o risco de chegar no final do financiamento e ainda não ter pagado tudo.

Em linhas gerais, pela tabela Price, as parcelas do financiamento são menores no começo, mas sobem ao longo do tempo. Pelo SAC, as parcelas são decrescentes, porque os juros decrescem, mas a amortização permanece constante. Pelo Sacre, ocorre o mesmo, mas esse sistema permite uma amortização maior, pois reduzem-se os juros sobre o saldo devedor. Tanto pelo SAC como pelo Sacre, o financiamento inicia com valores de prestação mais altos que o financiamento feito pela tabela Price, por isso, muitos consumidores acabam não optando por esses sistemas.

Acontece que a partir do 114º mês, as prestações feitas pelos três financiamentos se igualam e depois as prestações do SAC e do Sacre começam a cair. Por isso, o Price não é interessante para muitos consumidores.

Use (bem) o seu FGTS

Na hora de comprar a casa própria, o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) entra na lista dos recursos disponíveis. Contudo, o especialista, Aurélio Luz alerta: “o FGTS é para quitar o imóvel”. Ele explica que essa é a melhor maneira de utilizar o fundo. “Utilizá-lo para pagar a prestação não é interessante, porque, dependendo do plano que você escolheu, ainda vai restar um saldo devedor no final do financiamento”, explica.

Outra vantagem para o uso do fundo está em casos como desemprego ou até de pagamento de prestações em atraso. “O fundo garante o pagamento do financiamento nessas situações”, diz. “O recomendável é utilizar o FGTS somente em último caso, pois é melhor mantê-lo como reserva”, completa.

Outra dica do especialista é com relação ao saque do fundo, que não será liberado se o mutuário estiver com mais de três prestações em atraso. “As cotas liberadas quitam apenas 80% do valor devedor”, afirma. “O Fundo de Garantia quitará no máximo 12 mensalidades consecutivas”. Ele ainda aconselha os futuros mutuários a efetuar o saque, quando o fizerem, sempre depois do dia 10, quando ocorre a correção dos valores da conta.

Fonte: Idem Parte I.

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